A Rádio Vanguarda de Feira

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domingo, 18 de maio de 2014

Led Zeppelin: Análise vocal de Robert Plant

Robert Anthony Plant, mais conhecido como Robert Plant, é, frequentemente, considerado um dos melhores vocalistas da história do rock.
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Plant começou a cantar aos 10 anos de idade, influenciado, principalmente, por Elvis Presley e Willie Dixon.
Aos 16 anos, Plant resolveu sair de casa, e passou a pular de galho em galho, passando por diversos grupos de underground da época.
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Plant desenvolveu uma grande paixão pelo blues, em especial por Bukka White, Robert Johnson, Skip James, Jerry Miller e Sleepy John Estes.Plant passou a cantar nas bandas de blues rock King Snakes e Band of Joy, onde, eventualmente, conheceu o enigmático baterista John Bonham.
Em 1968, Jimmy Page estava procurando um vocalista para o seu novo grupo, o The Yardbirds, e ao encontrar Plant no colégio, ficou impressionado e, também, intrigado:
"Quando fiz o teste com Plant e o ouvir cantar, eu imediatamente pensei que devia haver algum problema com a personalidade dele, ele devia ser insuportável, por isso sempre saia de suas bandas. Foi isto que eu pensei, pois era inacreditável que um cantor deste nível ainda não tivesse se tornado um cantor profissional, um grande nome da música. Como Plant não tinha residência fixa, o convidei para passar uma temporada na minha casa, para analisar a sua personalidade, e não é que nos demos muito bem?"
The Yardbirds acabaram tornado-se o Led Zeppelin, e o resto da história, todo mundo conhece.
Plant possuía um estilo ímpar e bastante particular de cantar, cantava com o coração, influenciado por seus cantores de blues favoritos, e imprimindo a sua própria personalidade e interpretação em suas canções, o que o tornou a voz definitiva do hard rock e heavy metal.
Plant possuía uma gama vocal alta, e tessitura e extensão privilegiadas.
Não há quaisquer registros que comprove se Plant teve, ou não, treinamento vocal com algum professor ao longo dos anos, ele nunca tocou, neste assunto, especificamente.
Entretanto, Plant concedeu uma entrevista para VH1 em 2011, onde falou, superficialmente, sobre o assunto.
"Cantar é como tocar uma guitarra, quanto mais você toca, mais você se torna habilidoso, mais seus dedos se movem mais rapidamente e todo esse tipo de coisa. Minha voz mudou, mas, ocasionalmente, eu ainda posso atingir tons e notas mais altas em canções específicas, mas é claro que não dá pra fazer isto o tempo todo, não sou mais um garotinho [risos]".
A princípio, Plant não passou pelas mãos de treinadores vocais, e em 1973, durante uma turnê realizada nos Estados Unidos, danificou seriamente suas cordas vocais.
Após o ocorrido, Plant passou por um procedimento cirúrgico para reparar este problema, mas não deu maiores detalhes sobre ele.
Desde então, a sua voz nunca mais foi a mesma, ela tornou-se mais áspera e grave, e os seus falsetes já não soavam tão claros e limpos como em outrora.
A partir de meados/final dos anos 70, Plant passou a privilegiar a região dos médios e graves, e os seus agudos e falsetes de "sino" e de faringe, apareciam em gravações de estúdio e ocasionalmente ao vivo.
E esta característica está acentuada em seus trabalhos solos, bem como pode ser aferida em suas apresentações ao vivo ocorridas desde os anos 80.
Técnicas utilizadas por Robert Plant:
Execução de notas agudas em voz mista, ora com predominância de TA (belting pleno), ora com sinergia de TA e CT (mixed voice), na maioria das vezes com abaixamento do palato mole (voz nasalada e estridente), com drive laríngeo (constrição das paredes laríngeas*) e dinâmica entre entre músculos tireoaritenóideos e crocotireóideos em termos de aduções simples (yodel enquanto parte estrutural do desenho melódico, ora realizado na entrada de frases, ora realizado no meio de frases, e ora no fim das frases).

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