A Rádio Vanguarda de Feira

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

+ De Milton Nascimento...

Milton nasceu em uma favela da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que fora abandonada grávida por seu primeiro namorado. Após os patrões descobrirem a gestação, a demitiram. Maria do Carmo enfrentou a sociedade preconceituosa e não abandonou seu filho, e o registrou como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton, com ajuda de sua mãe, uma pobre senhora viúva, também empregada doméstica, mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e veio a falecer de tuberculose antes de Milton completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó. Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar. Imediatamente, Lília apegou-se a Milton, e, então, propôs adotá-lo. A avó concordou, desde que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes, e que não tirassem o nome da mãe dele do registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Em Minas, Lília e Josino criaram Milton com muito amor e carinho. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília não engravidava. O casal, então, passaram a visitar orfanatos e adotaram um menino e poucos anos depois, uma menina. O casal só veio a ter uma filha biológica alguns anos depois. Milton, então, cresceu ao lado dos irmãos em um ambiente feliz, saudável e próspero. Desde criança sempre soube ser adotado, assim como seus irmão sabiam.
Foi apelidado de "Bituca" por fazer um bico quando estava contrariado. Milton começou a gostar de música por influência da mãe. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner ao lado do amigo Wagner Tiso em um conjunto de baile de Três Pontas.
Milton casou-se no cartório e em uma igreja da Tijuca, zona norte do Rio, em 1968, com uma estudante chamada Lurdeca. O casal foi viver em Copacabana, porém o matrimônio durou um mês: Afirmou em entrevistas ter se casado apaixonado, e a convivência fora difícil. Após dois meses separados, veio a anulação do casamento, voltando ao estado civil de solteiro. Após ele, teve diversas namoradas, uma delas, chamada Kárita, uma socialite paulistana muito rica, foi sua namorada por anos. Eles moraram juntos por mais de dez anos e tiveram um filho, Pablo, nascido nos anos 70. Porém, após um tempo, se separaram. Seus relacionamentos não deram certo por conta de sua própria carreira, que exigia muito do cantor, que se dedicava mais a seus shows que a sua vida pessoal. Morou em diversas cidades do país na casa de amigos compositores, em busca de uma chance. Fez muitas amizades com pessoas que hoje são famosas e que começaram junto com ele, cantando em bares e vivendo de gorjetas. Antes de se aventurar na música, Milton era escriturário em um escritório de Belo Horizonte, e foi convencido pelos amigos de infância a largar tudo por seu sonho de cantar. Junto deles, escrevera diversas letras e viajou pelo Brasil, de carona pelas estradas, até pegou carona em bicicleta, se apresentando em festivais. Foi amigo inclusive da presidente Dilma e de seu ex-marido, Galeno. Juntos, Milton, seus amigos e eles iam a bares e shows em Belo Horizonte. Por alguns anos teve problemas com o vício em bebida alcoólica, mas conseguiu se curar em pouco tempo.

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