A Rádio Vanguarda de Feira

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sábado, 6 de setembro de 2014

O Ultraje a rigor: Fotos raras e muita história...

1980 - O Ultraje a rigor foi formado no final de 1980, inicialmente como uma banda de covers, principalmente Beatles, rock dos anos 60, punk e new wave. Depois de algumas formações provisórias, Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard começaram a se apresentar em festas e barzinhos.

1982 - ainda sem um nome fixo, decidiram por Ultraje a rigor, já que nunca eram muito fiéis às versões originais dos covers que faziam, frequentemente avacalhados ou distorcidos.

Por que Ultraje a rigor? - O nome Ultraje a rigor foi escolhido meio por acaso. Roger e Leôspa estavam tentando achar um nome durante uma festa em que se apresentavam. Roger sugeriu Ultraje, mas achava punk demais (para a época, pelo menos). Roger então perguntou a Edgard, que chegou no meio da conversa, o que ele achava de Ultraje. Edgard, sem entender direito a pergunta, disse: "que traje? O traje a rigor?" Roger e Leôspa adoraram e adotaram então este nome.

 Logo depois, Sílvio sairia, entrando Maurício em seu lugar.

1983 - Inútil - Com esta formação, em abril de '83 participaram do projeto Bôca no Trombone, do Teatro Lira Paulistana, e foi o 1o. show só com composições próprias. Foram contratados após uma das apresentações pelo produtor Pena Schmidt, na época contratando grupos para a WEA. Gravaram seu primeiro compacto, "Inútil/Mim quer tocar", que, por problemas com a Censura, só saiu em outubro daquele ano.
Após a gravação do compacto, Edgard, já na época com o IRA (ainda sem ponto de exclamação), não pôde mais dividir-se entre os dois grupos. Para o seu lugar foi chamado Carlinhos.

1984 - Com esta formação, gravaram seu segundo compacto, "Eu me amo/ Rebelde sem causa". "Eu me amo" foi bem nas rádios, impulsionado um pouco pela polêmica coincidência de refrões com a música Egotrip, da Blitz.

1985 - Nós vamos invadir sua praia - Seu primeiro LP, "Nós vamos invadir sua praia", lançado a seguir e puxado por "Ciúme", foi um enorme sucesso. Foi o primeiro LP de rock nacional a conseguir discos de ouro e platina. Das 11 músicas, 9 tocavam nas rádios sem parar!
O sucesso foi tanto, que em uma entrevista a uma revista de música da época, o repórter disse a Banda que o 1o. LP do Ultraje à Rigor, já poderia ser chamado de "O Melhor do Ultraje À Rigor", e perguntou a Banda, como eles iriam "segurar a onda" de, depois de um tempo, entrar no estúdio e fazer um "2o. Melhor do Ultraje". Sabem o que o Roger respondeu, com seu bom humor de sempre??? "Nós não vamos segurar nada não! Fizemos 1, e 1 tá bom"!! Claaaaaro, que ele ainda não sabia toda a estrada que ainda tinha pela frente, né !!??

1986 - No começo de do ano, gravaram um EP chamado "Liberdade para Marylou", com uma versão remixada de "Nós vamos invadir sua praia", o "Hino dos cafajestes" e a música "Marylou" gravada em ritmo de carnaval e com as frases censuradas substituídas por frases de trombone.

 1987 - Gravaram seu segundo LP, "Sexo!!". Durante a gravação deste disco, Carlinhos, que já pensava em mudar-se para Los Angeles, saiu para dar lugar a Sérgio Serra na guitarra. O disco foi tão bem sucedido quanto o primeiro, e uma das músicas, "Pelado", fez parte da abertura de uma novela em uma grande emissora!
O disco foi lançado com um show-surpresa histórico na Avenida Paulista, na hora do almoço, no meio de semana, provocando um congestionamento de vários quilômetros. Nova tournée por todo o Brasil... e... NADA DE FÉRIAS !!!

1988 - Participaram da Edição São Paulo do 1o. Hollywood Rock, dia 15 de Janeiro, no mesmo dia das Bandas Internacionais Simply Red e DURAN DURAN !!! Com esse trio, nem a chuva que caiu sem parar naquele dia, conseguiu fazer o Estádio do Morumbi todo parar de dançar!

1989 - Stress - Amadurecidos e um pouco estressados pelas longas tournées, gravaram "Crescendo", seu terceiro LP. O disco vendeu bem, mas a mídia já não estava tão interessada no Ultraje, após 4 anos de sucesso ininterrupto. Mesmo assim, o Ultraje ainda provocava polêmica, ao provocar o anunciado fim da Censura oficial com a música "Filha da Puta".
Divulgação com shows no Olímpia (SP). O irmão do Roger, o Régis, sempre acompanha a Banda, participando até do Show. Como os 2 são muito parecidos, ele fez uma camiseta, onde está escrito : "Eu NÃO SOU O Roger" (conforme a foto...)

                                                             

1990 - O Ultraje volta às origens e lança "Por Quê Ultraje a rigor?", um disco de covers que faziam parte de seu repertório original. Maurício, casado com uma americana, muda-se para Miami, e Andria Busic entra em seu lugar provisoriamente, sendo substituído por Oswaldo. Veja o destaque na foto de um show na piscina do Estádio do Pacaembu:

                                   

Quase um ano de tournée depois, e Roger percebe que o Ultraje já não era a mesma coisa. Leôspa, casado, já não tinha mais a mesma disposição para viajar e ensaiar, Sérgio Serra queria sair para formar sua própria banda e Oswaldo preferia trabalhar em seu estúdio profissional. Após uma conversa com Leôspa, decide procurar novos integrantes que quisessem continuar o Ultraje a rigor.

1991 - A nova formação - Procurando em bares e shows de bandas iniciantes, encontra o baterista Flávio Suete, que indica Serginho Petroni, baixista com o Zappa cover. Juntos, começam a fazer audições para novos guitarristas. Após meses de ensaio, acabam encontrando Heraldo Paarmann, por meio de um anúncio em uma rádio Paulista.

1992 - Contra a vontade do grupo, a gravadora lança uma coletânea, "O mundo encantado do Ultraje a rigor", sendo a palavra "encantado" uma ironia de Roger com relação ao encanto dos primeiros anos e as dificuldades com a gravadora, em relação a novos projetos. Apesar de ser uma coletânea, o disco tem duas faixas inéditas gravadas com esta formação, além de algumas gravações diferentes de sucessos anteriormente lançados. Ainda em '92, revoltados com o descaso da gravadora com o grupo, gravam de maneira independente "Ah, se eu fôsse homem", uma divagação sobre as dificuldades encontradas pelos homens frente à nova posição da mulher pós-movimentos feministas. A fita com esta música, distribuída às rádios pelo próprio grupo, acaba provocando a reação esperada.

1993 - Num clima já tenso com a gravadora, lançam "ó!", seu sexto LP, o quarto com músicas inéditas, gravado às pressas por imposição da gravadora. Teve um clip de sucesso na "MTV", "(Acontece toda vez que eu fico) Apaixonado" e sucesso discreto na mídia e nas lojas, embora tenha agradado seus fãs mais fiéis e conseguido alguns novos fãs.
Dia 13 de Agosto (por acaso, 6a. feira 13 rsrsrs..), teve uma divulgação "maluca", em um show feito no Vale do Anhangabaú (SP), bem no final da tarde, juntamente com outras bandas pequenas, causando um novo congestionamento na região.

1995 - Nova coletânea, dessa vez, sem nem o conhecimento do grupo, foi lançada, na série "Geração POP".

1996 - também de surpresa para a banda, lançaram uma série chamada "O melhor do Ultraje a rigor/2 é demais!", reunindo os dois primeiros LPs do Ultraje.

Sem nunca se incomodar em avisar a banda, mas já não "de surpresa", a Warner lança mais duas coletâneas, em '97 "Pop Brazil", na verdade uma reedição do Geração Pop com menos músicas e em '98 "Ultraje a rigor Vol. 2 / 2 é demais!" com o terceiro e quarto discos da banda reunidos em um CD.

1999 - A volta dos que não foram

                                                                                         
(Foto de Show no Centro Cultural Vergueiro (SP), ainda com Serginho).
Serginho deixa a banda para seguir carreira como Engenheiro Químico. Mingau assume o baixo. Logo depois, o Ultraje a rigor assina contrato com a Deckdisc/Abril Music para lançar "18 anos sem tirar", um disco ao vivo, com algumas canções inéditas gravadas em estúdio. O CD recebe o disco de ouro por vendagens acima de 100.000 cópias, estourando a faixa "Nada a declarar", que critica o tédio e a falta de assunto geral do cenário musical e da juventude em especial.
Show no Tom Brasil(SP) - Julho de 99
                                                                                         
2000 - Mais shows no centro cultural
                                                           

                                                                          
2001 - Show fechado em uma festa no Clube do Banespa (SP), dia 09 de setembro:
                                                                                         
2002 - Em Maio, o Ultraje precisa de um ajuste na formação. Logo antes de começarem as gravações de Os Invisíveis, Flávio e Heraldo estavam distanciando-se das intenções musicais de Roger e Mingau. A melhor solução era a separação. Para gravar o disco e continuar com o grupo foram chamados Sérgio Serra, que adorou voltar ao Ultraje, e o baterista Bacalhau, que também aceitou imediatamente o convite .

O disco saiu em Agosto de 2002, puxado pela faixa Domingo eu vou a praia, que no dia de seu lançamento foi uma das mais executadas no país.
2005 - O Ultraje a Rigor grava um acústico, onde resultam o lançamento do CD e DVD, em Setembro.

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