É impossível falar sobre a história do cinema americano sem mencionar de Sir Charles Spencer Chaplin. Nascido em Londres, no ano de 1889, Charles era não apenas ator e humorista, mas diretor, escritor, dançarino, músico, entre outras ocupações – e não é difícil afirmar que ele talentoso em todas elas (inclusive como jogador de xadrez).
“O Vagabundo”, como também era conhecido devido a um de seus personagens, foi um dos mais proeminentes artistas de sua época, tendo participado de verdadeiros clássicos da sétima arte. Seus filmes, tanto os que roteirizava quanto os em que atuava, costumavam unir o humor à reflexão crítica, envolvendo a plateia nas películas, mesmo sem utilizar cores ou falas, muitas vezes bastando sua expressão facial ou seus gestos.
Charles Chaplin foi o primeiro ator a aparecer na capa da revista Time, em 1925, e teve várias indicações ao Oscar, embora não demonstrasse muito apreço pela Academia. Cinco anos antes de sua morte em 1977, ele recebeu um Oscar Honorário por sua notabilidade e pela inegável qualidade de todos os seus filmes. Carlitos morreu, emblematicamente, em um dia 25 de dezembro, há 37 anos. Para homenagear esse grande homem, trouxemos cinco curiosidades sobre o ator e diretor que revolucionou o cinema.
1. O corpo de Charles Chaplin foi roubado de seu túmulo.
Em março de 1978, o cadáver foi surrupiado do túmulo na Suíça, na vila de Corsier-sur-Vevey, por dois homens. Os ladrões exigiram $600.000 para devolver os restos mortais, mas a última esposa de Chaplin, Oona, se recusou a pagar e afirmou que o marido acharia aquilo “ridículo”. Cinco semanas depois, a investigação levou a polícia local aos responsáveis e ao corpo, que estava enterrado em uma plantação de milho, a menos de dois quilômetros de onde morava a família de Charles, em Corsier. Aparentemente, os ladrões foram inspirados por um crime similar que viram em um jornal italiano.
“Não posso crer que nossa existência não tenha sentido, que seja mero acidente, como nos querem convencer alguns cientistas. A vida e a morte são determinadas demais, por demais implacáveis, para que sejam puramente acidentais.” – Charles Chaplin
2. Charles também era músico.
Não só era músico, como foi o compositor da trilha sonora de seus sete últimos filmes, além de ser regente de orquestra. Em 1973, o londrino ganhou inclusive o Oscar de Melhor Trilha Sonora por “Luzes da Ribalta” – embora o filme tenha sido lançado 21 anos antes. Sua composição mais conhecida e regravada é, certamente, “Smile”, composta em 1936 originalmente para o filme “Tempos Modernos”. Inclusive o rei pop Michael Jackson gravou a canção. É importante ressaltar que Carlitos apenas compôs a melodia, tendo cabido a John Turner e Geoffrey Parsons acrescentar uma letra.
“Minha fé é no desconhecido, em tudo que não podemos compreender por meio da razão; creio que o que está acima do nosso entendimento é apenas um fato em outras dimensões e que no reúno do desconhecido há uma infinita reserva de poder.” – Charles Chaplin
3. Ele teve quatro esposas e onze filhos.
O que na vida pessoal de Charles Chaplin chama bastante atenção é a quantidade de casamentos e de filhos. Antes de Oona O’Neill, última esposa de Charles, contraiu matrimônio com Mildred Harris, Lita Grey e Paulette Goddard. Cabe dizer que suas duas primeiras esposas tinham apenas 16 anos quando se casaram com o diretor, enquanto Oona tinha 17 na época – e ele, 54. Carlitos teve um filho de Mildred (que sobreviveu por três dias apenas), um de Lita e oito de Oona, mulher com quem conviveu por trinta e quatro anos.
“Não creio que a arte de representar possa ser ensinada. Já vi pessoas inteligentes fracassarem e pessoas estúpidas se saírem muito bem. O que a representação requer não é senão sentimento.” – Charles Chaplin
4. O filme o Grande Ditador
Um dos principais – e mais brilhantes – filmes dirigidos por Charles Chaplin é “O Grande Ditador”, de 1940, que critica veementemente a ideologia nazista que nascia na Alemanha e seu grande mentor Adolf Hitler. A ideia para filme surgiu para Charles quando um amigo notou a semelhança física que havia entre “O Vagabundo” e o ditador austríaco. Curiosamente, ambos tinham a mesma altura e o mesmo peso, além de terem nascido com somente uma semana de diferença. No filme, Carlitos interpreta Adenoid Hynkel, uma explícita caricatura de Hitler. Muita gente especula se o ator não seria judeu, mas não há nenhuma evidência nesse sentido – tendo o próprio Charles desmentido essa hipótese. Uma curiosidade é que as filmagens para o filme duraram 539 dias.
5. Ele evitou diálogos em dois filmes
Em dois filmes que escreveu, produziu e atuou, na década de 30, Charles Chaplin preferiu não inserir diálogo algum, ainda que, na época, já existissem os filmes falados. Nos dois filmes de Carlitos, no entanto, havia apenas temas musicais dando o tom da história e algumas poucas palavras vindas de objetos como o rádio.
“O som aniquila a grande beleza do silencio.” – Charles Chaplin
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