Um
dos seriados mais bacanas da tv a cabo atualmente é, para mim e para
muitos aficionados por música, Minha Loja de Discos, exibido pelo canal
de música Bis.
Por que, trinta anos depois da invenção do já decadente cd, depois de anos de downloads piratas
(ou não) e da capacidade muito maior de armazenamento e da comodidade
da portabilidade para curtir música, os discos de vinil ainda
sobrevivem? Por que seu mercado ressurge das cinzas, novas fábricas são
instaladas e fábricas antigas reativadas? Qual é o segredo desse sucesso
teimoso? Coisa de saudosistas? De gente avessa às novas tecnologias?Se as questões acima correspondessem à verdade, provavelmente teríamos presenciado o "revival" das fitas cassete também. Mas não é o caso.
Se você tem trinta anos ou mais, provavelmente comprou discos novos de vinil em lojas, tendo pedido para que o vendedor passasse as faixas para você no toca discos da loja, como "tira gosto" ou, para conferir mais uma vez, antes de chegar em casa, a sonoridade daquela música agora "conquistada" através do novo LP que você acabava de adquirir.
Ok, ok, não sejamos tão radicais. Poder ter suas músicas favoritas em outros formatos convém. Ou alguém prefere ter que ficar em casa para ouvir música através de um toca discos? Certamente esse é um argumento razoável contra à "prisão" a um formato de mídia. Faz todo o sentido. Acredito que noventa por cento ou mais das pessoas com menos de sessenta anos de idade atualmente e, talvez uma parcela considerável também dessa faixa etária, tenha downloads de música em algum gadget ou no seu notebook ou computador de mesa. Nada contra. Mas e a magia de se "ler", manusear, guardar com cuidado um disco, uma capa de vinil é insubstituível.
Que todos os formatos de mídia convivam em paz, que cada pessoa adote e possa ouvir sua música da forma que mais lhe agrade ou convenha, mas nós, amantes do vinil, sabemos que o prazer de tê-los e de guardá-los, manuseá-los e tocá-los em nossos aparelhos jurássicos, ou nos mais modernos, não tem preço.
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